Última atualização do Site: 28 de junho de 2024

Audiência Pública

Câmara debate alternativas para retomada de distribuição de leite nos bairros de Maceió

Proposta da audiência foi do vereador Luciano Marinho (MDB) por sugestão de lideranças comunitárias

Dicom/CMM

sexta, 27 de outubro de 2023 às 00h00

Dicom/CMM

A Câmara Municipal de Maceió realizou uma audiência pública com ampla participação da sociedade civil organizada. Proposta pelo vereador Luciano Marinho (MDB) foi discutida a implantação do Programa do Leite Municipal.
 
Estiveram presentes na mesa de honra secretária Municipal de Abastecimento, Pesca e Agricultura Jeannyne Beltrão, o sub-secretário Municipal de Abastecimento, Pesca e Agricultura. Caio Beltrão, representante da Semed, Daine da Conceição Lacerda e representando a população a líder comunitária Maria Pau Ferro.
 
"Essa audiência foi um pedido da população e das lideranças, ongs e os institutos. Eram elas que até pouco tempo eram inseridas no Programa do Leite. Além de vocês também convocamos a Secretaria de Agricultura e o Ministério Público Estadual", explicou Luciano.
 
Ele disse que o motivo do debate envolve a elaboração de um projeto para programa em nível municipal. A necessidade nasce a partir da suspensão do modelo anterior que era desenvolvido pelo Governo do Estado. Com a mudança, as associações deixaram de ter responsabilidade com o repasse do produto para a população.
 
"O leite era destinado aos idosas, mulheres gestantes, pessoas acamadas, crianças de 0 a 6 anos. Mas, deixou de ser distribuído. Ficaram de fora as associações e afetou diretamente as pessoas. Hoje é distribuído pelas escolas estaduais e de Maceió. O problema é que são muitas as denúncias sobre desperdício do produto. Além disso, jovens que não pegam o leite. O resultado é a perda da validade e posteriormente o descarte", completou Marinho.
 
Para o parlamentar o município, diante da atual realidade, pode dar sua contribuição com novos encaminhamentos. Conforme explicou, se for possível, será uma política pública importante já que é o município a esfera de poder que ao final do processo está mais próxima do cidadão e do usuário.
 
Preocupação
 
Segundo a líder comunitária Maria Pau Ferro a retirada da distribuição do leite pegou a todos de supresa. Isto porque a decisão veio do Governo do Estado sem nenhum aviso prévio, o que acabou afetando diretamente todas as pessoas cadastradas e que já contavam com o produto.
 
"Foi retirada sem a menor consideração. Ninguém foi avisado e nem procurado por nenhuma secretaria de governo. Amanhecemos o dia com as pessoas na porta fazendo a combrança diária. Não teve respeito nem pelas lideranças e nem pelas pessoas", disse Maria Pau Ferro.
 
Ela lembrou que a versão apresentada em nota nos meios de comunicação sobre o suposto desvio do produto por "lideranças" não poderia ser feito desta maneira. Em sua avaliação os responsáveis por qualquer ato ilegal deveria ser identificado e punido. 
 
"Mas não admito que todas as lideranças sejam tratadas desta forma como se todos estivessem fazendo algo errado. Ir na televisão para dizer isso é algo muito sério", completou a líder.
 
Dom Luciando da Igreja Veterocatólica disse que a forma como o Executivo agiu inverteu o chamado "Pacto contra a Fome" que teve origem na gestão do ex-governador Renan Filho. 
 
"O governador atual está fazendo examente ao contrário que é o pacto pela fome pela retirada desse leite. Ele não é tudo. Mas faz falta pois era um complemento na alimentação dos nossos beneficiados", revelou Dom Luciano.
 
Alternativas
 
Diante da realidade apresentada por estas e outras lideranças, a secretária Jeannyne Beltrão explicou que o município entende a situação e já discute alternativas. Isto porque a política de assistência do Governo Federal prevê que as políticas públicas de alcance social e que atendem diretamente a população vulnerável sejam efetivadas pelos municípios. 
 
No caso do programa do leite executado pelo Estado não tinha público-alvo e o produto era repassado para as ongs, associações e institutos na periferia da capital. Com o debate no parlamento e o interesse do município deve ser elaborado um projeto melhor formatado para atender prioritariamente crianças de 0 a 6 anos e pesoas em situação de extrema pobreza. 

 

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