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Documento com cobrança de moradores do Pinheiro será levado por vereadores às autoridades

Comunidade pode se expressar durante sessão ordinária da Câmara realizada na Igreja Menino Jesus de Praga

Luciano Milano

sexta, 01 de março de 2019 às 10h10

Dicom/CMM

Um documento fruto da sessão ordinária realizada nesta quinta-feira (28), na Igreja Menino Jesus de Praga, no Pinheiro, contendo reivindicações dos moradores do bairro, vai ser encaminhado pelos vereadores  de Maceió a Prefeitura e ao governo do Estado, além de todos os órgãos envolvidos nos trabalhos que visam a elucidar os motivos que levaram ao afundamento, rachaduras e fissuras em vias e residências da localidade.

 Vice-presidente da Casa e responsável por presidir a sessão desta quinta no na igreja do bairro, Fátima Santiago (Progressistas) comentou a postura da Casa diante do problema dos moradores do Pinheiro. "Infelizmente não está em nossas mãos dar a todos vocês uma resposta para esse dilema pelo qual vocês passam. Porém, cabe a nós, como representantes do povo, intermediar diálogo e cobrar explicações e medidas para os problemas levantados aqui nesta sessão ordinária, creio que inédita na história deste Legislativo. Por isso, as suas demandas foram transformadas em um documento que vai ser levado às autoridades para que as providências sejam tomadas" declarou a parlamentar.

Representando o Movimento S.O.S Pinheiro, o administrador de empresas Geraldo Vasconcelos voltou a questionar a estrutura da Defesa Civil de Maceió e a postura da Prefeitura da capital. Ele pede interferência do governo federal.

"Como tenho dito todas as vezes que me pronuncio, peço que os vereadores nos ajudem a entender por que o Executivo municipal demorou tanto para entender que essa situação do Pinheiro é grave. Além disso, precisamos entender também por qual motivo Maceió atuou com uma Defesa Civil sem estrutura alguma, inclusive para antever situações sérias como a nossa, com apenas oito homens que não entendem nada de Geologia. Está claro que a capital não tem condições de gerir essa crise e o governo federal precisa tomar conta disso tudo", afirmou o líder do S.O.S Pinheiro.

Advogado e representando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na sessão, Eduardo Tavares está entre os moradores do bairro que precisaram deixar sua residência por conta de problemas estruturais no prédio em que vivia com a esposa e um filho recém-nascido. Ele se pronunciou sobre a isenção do IPTU para os moradores afetados pelas rachaduras e fissuras.

"Os carnê do IPTU deste ano já foram inclusive emitidos em nome dos moradores. Meu pedido é para que, com base legal, possa haver a remissão do pagamento do imposto, para que no futuro, mesmo com todo esse problema, a gente seja obrigado a pagar", alertou o advogado.

Pastor no bairro, Wellington Santos destacou a união religiosa que, segundo ele, foi preponderante para que o Legislativo estivesse no bairro.

"A união de religiões fez com que a Câmara viesse pra esse bairro, e creio que de forma inédita. Meus irmãos,  ao contraio que muitos diziam antes de iniciarmos a sessão, a Câmara não veio trazer respostas, mas está aqui para  ouvir o povo, povo esse que tem o poder de exonerar secretário ou qualquer autoridade que não cumpra deu papel, esse é o recado", afirmou.

O Conselho Tutelar do bairro esteve também  representado e fez um pedido para que os vereadores  pudessem intervir com órgãos do governo municipal.

"Passo a semana com a Defesa Civil interditando ruas, mudando nossa rotina, sem nós sabermos bem o que eles estão fazendo, mas aumentando o pânico dos moradores. Nos fins de semana, o Pinheiro fica deserto e sem nenhuma atividade. Por isso, pedimos a vossas excelências que solicitem às secretarias de Esporte e Cultura de Maceió que tragam lazer para o bairro aos fins de semana", solicitou o conselheiro tutelar Paulo Jorge.

EMPRESAS - Por fim, mais um segmento da comunidade se pronunciou e levou dados sobre a realidade dos empresários do Pinheiro. Alexandre Sampaio é o porta-voz da Associação dos Empreendedores do Pinheiro.

"Fizemos um levantamento e 95% das empresas aqui do bairro têm como uma renda única suas atividades empresariais. Portanto, seria mais um caos se essas empresas deixassem o bairro. Mas, toda essa incerteza fez com que, somente em janeiro, as empresas  perdessem 60% do faturamento. Não queremos nos confrontar com o movimento dos moradores, mas sim complementá-lo e pedir que se faça um Projeto de Lei que contemple isenção de taxas e impostos para o bairro inteiro no que diz respeito também aos empreendedores", disse.

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