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Profissionais e entidades discutem o câncer de mama em audiência pública

Encontro foi em alusão à campanha Outubro Rosa e aconteceu na manhã desta quinta-feira 

Clara Vieira

quinta, 10 de outubro de 2019 às 13h55

Dicom/CMM

Em alusão ao Outubro Rosa, a Câmara Municipal de Maceió promoveu, por iniciativa da vereadora Fátima Santiago (Progressistas), uma audiência pública com o objetivo de discutir o câncer de mama.

A campanha do Outubro Rosa tem o intuito de conscientização e alertar as mulheres sobre a prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 59 mil mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. Em Maceió, são 31,90% casos para cada 100 mil mulheres da capital alagoana. Desses, felizmente, mais de 65% foram detectados precocemente.

De acordo com a parlamentar e vice-presidente da Casa, a mobilização em torno dessa campanha tem se mostrado uma importante ferramenta para a criação de uma cultura de prevenção da patologia.

“Essa campanha é de extrema importância porque conscientiza os diversos segmentos da necessidade da realização de exames preventivos que podem salvar a vida de milhões de mulheres todos os anos e ela ainda tem contribuído para uma mudança de mentalidade. Com o outubro rosa é possível estimular o debate sobre estratégias para a prevenção, diagnóstico precoce e o tratamento do câncer de mama”, declarou. 

VIOÊNCIA - A presidente da AME, Júlia Nunes, explicou o trabalho da entidade e o impacto que a violência doméstica tem em pacientes diagnosticadas com câncer de mama. A AME é uma Organização não governamental que visa acolher mulheres vítimas de qualquer tipo de violência e tem como objetivo e finalidade a promoção do desenvolvimento educacional e social por intermédio da promoção complementar da educação, assistência social, saúde, lazer, segurança alimentar e nutricional, esporte, preservação do meio ambiente, entre outros.

“Não importa o tipo de violência, mas ela pode contribuir para o surgimento e agravamento do câncer de mama. Em estudo foi feito com 200 mulheres, 40% delas descobriram que a doença agravou após terem sido agredidas por seus companheiros. A violência faz com que a gente não se cuide e quem não se cuida, não se toca, não descobre o câncer. Muitas mulheres relatam terem sido abandonadas depois que descobriram a doença e foi em consequência dessa realidade que nasceu a nossa associação, que tem como objetivo proporcionar atendimento gratuito para as vítimas”, disse.

De acordo com o presidente da Comissão de Direito Médico da OAB, Juliano Pessoa, a lei preconiza diversos direitos para pacientes com a patologia, como o de receber assistência do estado em até 60 dias após o diagnóstico da doença, a isenção do imposto de renda, o saque do FGTS e a reconstrução da mama, se possível, logo após a mastectomia.

Representando a Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Moura frisou que o empoderamento dos direitos do cidadão e a consciência sobre os deveres do setor público são fundamentais nesse processo. Disse ainda que no mês de outubro as unidades da secretaria estão trabalhando com ênfase no câncer de mama e com a capacitação para que os profissionais identifiquem os sinais da doença de forma precoce.

O vereador Chico Filho (Progressistas) participou da audiência pública e prestou solidariedade à rede de combate ao câncer de mama e à campanha Outubro Rosa.

“A luta de vocês também é nossa luta. Conheço de perto essa realidade porque tenho familiares que sofreram muito com a doença e, hoje, sofremos com a ausência deles. Tento ajudar, enquanto parlamentar, no fortalecimento dessa rede e tenho buscado, dentro do que cabe a mim, contribuir da forma que é possível, mesmo não sendo da área da saúde”, finalizou. 

Participaram ainda da audiência, a Majô Mello, presidente da Comissão Especial de Apoio à Prevenção e Defesa dos Direitos da Pessoa com Câncer da OAB/Alagoas e voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer; Cosmélia Folha, presidente da Comissão de Fortalecimento do Controle Social da OAB/AL; Maria Helena, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Alagoas e integrantes do Grupo Mama Rosa e profissionais do Instituto Nossa Senhora de Fátima.

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