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Suicídio: OMS diz que Alagoas registrou mais de 500 mortes nos últimos três anos

Índices alarmantes preocupam parlamentares e vereadora pede atenção do Poder Público

Assessoria

domingo, 31 de março de 2019 às 08h00

Internet

Os recorrentes casos de suicídio registrados ultimamente em Alagoas reacenderam, nesta semana, a importância da constante prevenção do problema. Por conta disso, o tema foi tratado pela vereadora Silvania Barbosa (PRTB), durante sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Maceió.

A parlamentar lembrou que, embora setembro seja o mês escolhido por entidades da área de saúde mental para intensificar as campanhas de prevenção contra o suicídio, alguns casos registrados recentemente aqui na capital a fizeram antecipar a discussão na Casa. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentados pela parlamentar, até setembro de 2018, Alagoas registrou 540 mortes dessa natureza. O número corresponde aos registros daquele ano somados aos dois anteriores.

Já no Brasil, 12 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. Do total, mais de 9 mil são cometidos por homens, com idade entre 25 e 34, colocando o Brasil na oitava posição entre os países onde mais se registram episódios dessa natureza. O alarmante índice levou as organizações de saúde a tratar, desde 1990, o problema como de saúde pública.

Ainda sobre Alagoas, o estado apresenta discrepância entre os perfis suicidas. Em 2017, por exemplo, a OMS confirmou que o Hospital Geral do Estado atendeu a 174 casos de mulheres que tentaram tirar a própria vida, contra 116 atendimentos de homens na mesma situação.

Maceió, Barra de Santo Antônio, Pilar e Marechal Deodoro são os municípios que registram maior incidência do problema. Na capital, os bairros do Jacintinho, Vergel do Lago, Trapiche da Barra e Farol são os recordistas deste problema de saúde pública. Também nestes casos, exceto no Farol, as vítimas são mulheres em sua maioria.

A maior parte dos suicídios está atrelada à depressão ou ao alcoolismo. Essa associação a distúrbios mentais leva a OMS a concluir que 90% dos suicídios em todo mundo poderiam ser evitados com acompanhamento psicológico e tratamento medicamentoso. “Isso demonstra que o poder público é corresponsável por essas mortes”, alerta a parlamentar.

Aparteada pelos vereadores Cléber Costa (Progressistas), Ana Hora (MDB) e Siderlane Mendonça (PEN), que parabenizaram a vereadora por trazer à luz o tema, a parlamentar fez uma convocação geral.

“Conto com a reflexão de todos aqui no Plenário, dos profissionais da imprensa aqui presentes e de todos que estão nos assistindo, para atentarmos para o problema e buscar soluções concretas. Não podemos esperar o Setembro Amarelo ou por datas alusivas para tratar do assunto. Prevenir o suicídio deve ser um trabalho diuturno. Aproveito a oportunidade, também, para divulgar o telefone do Centro de Valorização da Vida, o CVV, através do 188, onde voluntários prestam assistência por telefone, e-mail ou chat, as pessoas que sofrem de ansiedade, depressão e que são acometidas por pensamentos suicidas”, concluiu Silvania.

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